10 de março de 2017

Mais uma vez contra

Em vésperas da discussão e eventual aprovação do Orçamento para 2017, Plano de Investimentos e Orientações a Médio Prazo, vem o PSD, mais uma vez, dizer que vai votar contra, independentemente da posição que o PS tem assumido, nomeadamente através de afirmações do seu Presidente, Vasco Cordeiro, da total abertura para discutir e analisar propostas de alteração realistas e exequíveis que possam vir a enriquecer estes documentos de planeamento.

Esta reação extemporânea denota, quanto a mim, a firme intenção deste partido não negociar com ninguém, ou seja, ficar isolado num dos momentos mais importantes para os Açores e que marca o início de mais uma legislatura.

Elaborar e apresentar propostas, e conformá-las com várias vontades, dá trabalho e exige esforço dos protagonistas. Negociar implica cedências e a defesa de princípios. Pelos vistos ao PSD nada disto interessa. É estar contra apenas porque sim. Esta é uma posição cómoda de quem se exigia mais responsabilidade.

O PSD enveredou pelo caminho mais fácil. Apesar de estar contra as políticas sociais do Partido Socialista, não se percebendo bem porquê, vai apresentar, afinal, umas propostas avulsas atribuindo mais uns pozinhos aos mecanismos de proteção social criados e mantidos pelos governos do PS.

Não parece nada de mais, mas para este partido da oposição, sempre desconfiado das contas públicas, apesar destas estarem certificadas por organismos nacionais e internacionais e refletirem um défice insignificante e uma dívida pública inferior a 40% do PIB, faz o que sempre dizia condenar: atirar dinheiro para os problemas.

Depois de fugir ao debate de ideias e de soluções para os problemas dos Açorianos, o PSD está a enveredar pelo caminho mais fácil: dizer apenas o que as pessoas gostam de ouvir.

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