10 de julho de 2014

Coerência

O Bloco de Esquerda desencadeou uma interpelação ao Governo dos Açores sobre a situação económica e social na região.

De pronto levantaram-se as oposições de cá e que lá foram comandam os destinos do país e, como é sabido, infligem, a um ritmo diário, cortes e mais cortes com o perfeito conhecimento, sabe-se agora, de que estes vão além do necessário para resolver os problemas estruturais do país.

Assumem que alguns dos indicadores não são os ideais e fazem-no de um modo subtil escondendo a tremenda responsabilidade que os seus partidos tem nessas políticas de empobrecimento do país.

Como era possível evitar com sucesso a degradação da situação social se o Governo da dupla Passos Coelho e Paulo Portas corta no RSI, nas pensões, no abono de família e nos rendimentos dos funcionários públicos?

Como era possível evitar o crescimento do desemprego se o Governo do PSD/CDS-PP, com a aplicação das fortes medidas de austeridade, desencadeou processos de insolvência em catadupa, sobretudo das pequenas e médias empresas?

Como é possível evitar as dificuldades nas farmácias se no continente as políticas do Governo estão a por em risco metade das farmácias existentes no país?

É evidente que o Governo dos Açores, liderado por gente que está muito atenta às questões sociais, tem feito, e muito bem, um enorme esforço para devolver aos açorianos aquilo que lhes tem sido sonegado pelo Governo da República.

A contínua aposta nos apoios aos mais desprotegidos é a prova que este Governo não deixa nem quer deixar ninguém para trás.

Por isso o PSD, pelo menos esse, se quisesse, de facto, melhorar ou pelo menos não deixar degradar a qualidade de vida dos mais desprotegidos, dava ordens aos seus três deputados da Assembleia da República para votar contra os diplomas que produzem esses cortes.


O resto é conversa … e falta de coragem.

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