As eleições do passado dia 14 de
outubro determinaram um vencedor: Vasco Cordeiro. Com uma conjuntura externa
muito difícil a marcar a campanha e, ainda por cima, surgindo como substituto
de Carlos César que, como se sabe, comandou sabiamente os destinos dos Açores
nos últimos 16 anos, Vasco Cordeiro soube ultrapassar o cenário das
dificuldades impostas pela política de austeridade que vem da república e
propôs ao eleitorado um novo ciclo para vencer novos desafios.
A conquista desta clara maioria
absoluta estará ligada, em primeiro lugar, ao modo como Vasco Cordeiro geriu a
sua campanha eleitoral. Rejeitou vivamente enveredar pela promessa fácil ou
pelo ataque aos seus opositores diretos. Esta postura responsável deu-lhe tempo
e, sobretudo, credibilidade para passar aos açorianos as suas propostas para os
próximos quatro anos.
Esta vitória do Partido
Socialista e de Vasco Cordeiro foi, também, a maneira que os açorianos
encontraram para rejeitar as políticas de austeridade que este governo da república
do PSD e do PP nos impõe.
Como é evidente também terá
contribuído para esta vitória a boa governação do Partido Socialista nos
últimos 16 anos, uma governação inovadora e progressista, que teve o condão de
gerir bem as suas contas, como é o exemplo da dívida pública da região que se
cifra em 18% do PIB, enquanto a dívida da república já vai nos 123% do PIB.
Esta boa governação permitiu aos
Açores um crescimento superior à média europeia e manter a região com a segunda
menor taxa de desemprego de Portugal, apesar do momento conturbado que
atravessamos provocado pela falta de liquidez da banca e das empresas, processo
que, como se sabe, teve origem fora dos Açores.
Sem dúvida que o povo dos Açores
foi, mais uma vez, sábio na hora de decidir.