27 de junho de 2010

Plano Regional de Emprego

A Região Autónoma dos Açores, tal como muitos países e regiões do mundo, tem estado afectada pela crise internacional que se instalou no passado recente e que tem demorado a deixar-nos.

Neste período conturbado, o Governo dos Açores tem respondido com eficácia e prontidão. Esta crise não se compagina com hesitações. O Governo actuou criando condições para uma maior disponibilidade financeira das empresas e facilidades de crédito para a liquidação de dívidas a terceiros, onde se incluí a segurança social e as finanças.

É num momento de grande agitação dos mercados, de incerteza, de redução do crédito, que o Presidente do Governo dos Açores apresenta mais um Plano Regional de Emprego (21 de Junho), em sede do Conselho Regional de Concertação Estratégica, para vigorar de 2010 a 2015.

Num momento como esse é importante reflectir e analisar certos dados agora divulgados que alguns teimosamente pretendem ignorar.

Desde a entrada em vigor do anterior Plano Regional de Emprego (1998), o número de açorianos a trabalhar aumentou 24%, o que significa um aumento da população activa de 91.163 para os 112.596. Curiosamente entre 1986 e 1996, o número de trabalhadores aumentou de 88.500 para 88.530 trabalhadores, o que representa um aumento líquido de apenas 30 trabalhadores em 10 anos. Foi muito pouco…

Mais. Na vigência do anterior Plano Regional de Emprego (desde 1998) o número de mulheres a trabalhar aumentou 39%, passando de 32.359 para as actuais 45.087. Penso que todos sabem a importância deste dado.

Também aumentou o número de jovens a trabalhar em 55%, passando de 21.558 para os actuais 33.343.

A taxa de desemprego actual de 7,7% é uma preocupação para todos nós, mas é preciso relembrar que ainda está longe dos 8,4% que se verificava em 1995 e que, este sim, representa um recorde absoluto.

Na Graciosa o desemprego também é uma preocupação para todos nós. No final de Janeiro último tínhamos 129 inscritos na Agência para a Qualificação e Emprego, enquanto em 1996 esse número era muito superior: 219. No início do ano havia 13 desempregados à procura do primeiro emprego e 116 à procura de novo emprego. Em 1996 eram cerca de 70 os inscritos que procuravam o primeiro emprego.

Como se vê os números são claros, mas, mesmo assim, não nos fazem tranquilizar. É preciso continuar a lutar para ultrapassar as dificuldades por que passam muitas famílias.